quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Arquivo: Henry Morrisson

Nome:----------------------------------------Henry Morrisson
Gênero:---------------------------------------------Homem cis
Cor:-------------------------------------------------------Branco
Altura:-------------------------------------------------------1,93
Peso:---------------------------------------------------------74,3
Data de nascimento:------------------------------20/04/1956
Local de ação:---------------------------------------São Tomé
Ocupação:-----------------------------------Médico particular
Preferencias:--------------------------------------Qualquer um
Especialidades:--------------------------Sedativos e cirurgias
Método:-------------------------------Tortura e experimentos
Vitimas:--------------------------------------------------------78

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

O médico monstro


Ainda faltavam algumas horas para a conferência de medicina que levou Henry Morrisson a cidade de Hergos, então ele decidiu apenas matar o tempo até lá caminhando pela região.
Mesmo andando entre uma das cidades mais belas historicamente de todo o estado sua mente não conseguia deixar o trabalho, ele havia começado um experimento antes de deixar São Tomé, claro que tudo estava sendo filmado, mas o aprendizado não seria o mesmo que estando lá para observar cada detalhe.
Entre todas as possibilidades sua maior preocupação era uma de suas cobaias morrer antes da hora, nada era pior do que perder dias ou até meses de trabalho apenas por não conseguir registrar bem as últimas reações de um experimento.
A comunidade médica, obviamente, repudiaria suas experiências, porém ele havia feito grandes avanços em diversas áreas e seu nome crescera muito no meio, não era difícil alterar os relatórios para os padrões considerados mais “corretos” da atualidade.
É claro que seus motivos são muito mais complexos do que ele demonstra, sempre dizendo a si mesmo o quão nobre é sua motivação e quanto faz em prol do avanço da humanidade. No entanto ele mesmo sabia, lá no fundo, que tudo era muito mais pelo prazer. As delicias de se ouvir alguém gritando enquanto ele abria o corpo, o som da carne sendo lentamente cortada, as lagrimas caindo dos olhos da cobaia, tudo aquilo lhe proporcionava um prazer indescritível.
O médico lembrava, com certa raiva, do tom sarcástico de Lexaror enquanto falava sobre suas motivações.
–O que ele sabe sobre mim? – Sussurrou ele.
Por um momento todo seu corpo pareceu congelar, Lexaror realmente sabia muito sobre ele, seu nome, sua profissão, seus métodos, provavelmente a localização do seu laboratório e onde se livrava das cinzas de suas cobaias. A quanto tempo vinha sendo observado? Alguém o seguia agora? Quem mais sabia tudo aquilo?
Enquanto caminhava para sua conferência o doutor Morrisson olhava desesperado para todas as direções possíveis, os pedestres ao redor observavam com diversão e medo a estranheza do médico.
–O senhor está bem? – Perguntou um jovem passando.
–É claro que estou. – Reclamou o velho sem parar de andar.
Ainda a meio caminho do seu destino o celular de Henry começa a tocar, algo realmente raro para alguém sem parentes vivos ou amigos próximos.
Quando pôs a mão no bolso o aparelho parou de tocar e para sua surpresa havia algo mais ali, um objeto que não se lembrava de ter consigo.
Todo seu corpo estremeceu ao pegar o objeto e se deparar com uma espécie de carta de tarô bizarra. Desenhado nela havia um ceifador carregando sua famosa foice em uma mão e na outra o frasco de veneno que aterrorizara o médico.
Ele entende totalmente o que aquela carta significa, é ele.
(Em breve saíra a arte da carta...)
“A medicina da morte.” Pensou ele. “Acho que meu trabalho se encaixa bem nessa descrição, mesmo eu não gostando disso.”
Ao virar a carta o médico se deparou com um bilhete grudado que o perturbou ainda mais.

Mesmo sem querer admitir havia funcionado, não ser um alvo para Lexaror e seu estranho grupo era um alivio, pelo menos enquanto ele não te considerasse uma ameaça ou um estorvo.
         “E isso deveria me acalmar?” ele se perguntou.
E como saberia se estava sendo qualquer um dos dois? Parecia ser impossível prever o que um homem como Simon pensava, quantos passos à frente ele poderia estar?
Morrisson respirou profundamente para limpar seus pensamentos, estava entrando em crise novamente, não adiantava nada se abalar com problemas futuros que podiam nem existir.
A sensação de sufocamento que as ruas movimentadas começaram a transmitir se tornou insuportável, por sorte um taxi surgiu na rua naquele momento e ele fez sinal para que ele parasse.
–Para onde vamos? – Perguntou o motorista assim que ele entrou.
–Rua Clemente Peixoto, número 2076. – Respondeu o médico.
O tom de voz do motorista o fez lembrar da noite anterior, como um simples hábito de sua rotina podia ter se tornado algo tão inusitado?
                        
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Todas as noites, por volta das oito, ele costuma caminhar por alguns minutos, mas é claro, deveria ter imaginado, que aquela cidade tão grande não seria segura como a pacifica e interiorana São Tomé, de onde vinha. Isso é o que Morrisson descobriu quando o garoto encapuzado repentinamente saltou de um beco apontando uma arma para seu pescoço.
–Boa noite, velhinho. – Gracejou o garoto. – Vim te convidar pra conhecer meu clube.
Ele não fazia ideia de como reagir aquilo. E afinal o que estava acontecendo ali? Um assalto? Um sequestro? Aquele era o assassino que andava rondado a cidade?
Obviamente a última opção era totalmente estupida, todas as vitimas até agora haviam sido mulheres loiras, perfil no qual ele estava longe de se encaixar.
Enquanto era empurrado pelo garoto, até um carro do outro lado da rua, Henry tentava buscar o mínimo de lógica naquela situação.
–Entra! – Ordenou o jovem.
A breve hesitação de Morrisson rendeu um forte empurrão contra o veículo. Até agora ele não sabia dizer como abriu a porta em meio aos tremores do pânico.
–Para onde você vai me levar? – perguntou o médico quando o garoto entrou no carro.
–Vamos conhecer alguns amigos. – Respondeu ele. – Você vai gostar deles, talvez até queira entrar pro clube...
                        
------- † -------

–Senhor? – Chamou o motorista afastando seus pensamentos. – O senhor está bem?
–Estou, não poderia estar melhor. – Respondeu o médico.
–Seu rosto ficou pálido de repente. – Comentou o homem preocupado. – Tem certeza que está bem?
–Claro que tenho! Só estou um pouco ansioso, vou participar de uma conferência importante hoje.
O motorista decidiu não o incomodar mais, parecia uma má ideia.
Morrisson revirava a carta de tarô tentando descobrir como ela havia parado no seu bolso e se realmente sabiam o que ele estava pensando ou se aquilo não passava de sorte.
Toda aquela situação era aterrorizante, ele se sentia como uma de suas cobaias.

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Autor: Lexaror